Este texto é apenas um esboço de sermão. Você pode reutilizá-lo e adapta-lo, sem restrições de direito autoral, pois o Espírito Santo é a fonte de inspiração. Nem sempre fornecemos respostas, mas apenas uma trilha a ser percorrida.
Texto bíblico básico: Sl. 86:15 Texto auxiliar: Mc. 1:41
Um Deus bipolar Sociedade patriarcal, a figura da mãe terna e compassiva e do pai durão e inflexível. Isso nos levou a ter a visão distorcida de Deus e a ver uma dicotomia que não existe na Bíblia. A falta de conhecimento bíblico tem levado as pessoas a criarem uma imagem distorcida do Deus Pai, revelado no Antigo Testamento (AT), como sendo um ser irado e pronto para julgar e executar a sentença. Jesus, o Deus revelado no Novo Testamento (NT), ao contrario, seria bondoso e tolerante. Jesus, Deus feito homem, não poderia possuir um caráter diferente daquele da pessoa que veio revelar.
Julgamento e justiça É necessário enfatizar, porem, que a doutrina do amor de Deus não anula, nem considera menos importante, a doutrina da justiça de Deus, como ensinam algumas seitas. Assim, vemos Deus julgando no AT, como também vemos Jesus absolvendo pessoas e condenando atitudes no NT.
O Pai é compassivo Porém tu, Senhor, és um Deus cheio de compaixão, e piedoso, sofredor, e grande em benignidade e em verdade (Sl. 86:15).
No AT, os profetas em geral, e particularmente Oseias, revelam o Pai lutando para manter um relacionamento que não está dando certo porque uma das partes sofre de infidelidade crônica: o seu povo, a nação de Israel.
O filho é compassivo E aproximou-se dele um leproso que, rogando-lhe, e pondo-se de joelhos diante dele, lhe dizia: Se queres, bem podes limpar-me. E Jesus, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo (Mc. 1:40-41).
Há pelo menos cinco ou seis passagens nos evangelhos afirmando que Jesus é movido de íntima compaixão ou dizendo que condoeu-se de alguém. Jesus chorou por causa de Jerusalém.
E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor. Então, disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros. Rogai, pois, ao Senhor da seara, que mande ceifeiros para a sua seara (Mt 9:35-38).
A mulher do fluxo de sangue esperava, no mínimo, uma severa repreensão. Foi necessário muita coragem para admitir que havia tocado em Jesus, o que era proibido pelos ritos judaicos. Recebeu perdão, salvação, cura e ânimo para seguir adiante (Lc. 8:40-48). A mulher surpreendida em adultério esperava um julgamento sumário, a condenação e a morte por apedrejamento. Teve em Jesus um advogado de defesa competente. Recebeu compreensão e uma chance de recomeçar (Jo. 8:3-11).
Deus é paciente e longânimo O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se (2 Pe. 3:9). [...] Uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (Fp 3:13-14).
Este é o segredo. Deus não finge que o pecado não existe. Nem minimiza a seriedade de suas consequências. Ele quer que o homem se arrependa e recomece, deixando o pecado e os erro do passado onde eles devem ficar, no passado.
Jesus nos compreende Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado (Hb. 4:15).
Relacionamento ameaçado Deus continua insistindo nesse relacionamento, que não tem dado muito certo porque uma das partes é cronicamente infiel, eu e você. Embora Deus permaneça fiel, pois não pode contrariar sua própria natureza. (II Tm 2:13)
Convite animador Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno (Hb. 4:16).